
Servir o País e aproximar o PSD da sociedade civil é a principal missão de Rui Rio, que no dia 21 de outubro anunciou a sua recandidatura à presidência do PSD. Sob o lema “Portugal ao Centro”, Rui Rio assume como um dos grandes objetivos da sua candidatura honrar os valores e aqueles que estiveram na origem do PPD/PSD, com destaque para Francisco Sá Carneiro.
“O PSD precisa de uma liderança que defenda a social-democracia e mantenha o partido no centro político, não permitindo que ele se transforme numa força partidária ideologicamente vazia ou de perfil eminentemente liberal”, disse Rui Rio.
O líder do PSD, que classificou a sua decisão de “elevada responsabilidade”, teve em consideração duas questões fundamentais: “De um lado estava a parte pessoal, familiar e profissional, do outro os interesses do PSD e do país, que acabam por ser os mesmos porque se o partido ficar sem rumo isso não é bom para Portugal”. Rui Rio admitiu que também teve em consideração “os inúmeros apelos, ao longo das duas últimas semanas, feitos por largas dezenas de pessoas, de dentro e fora do partido” a favor de uma recandidatura.
Citando Ortega Y Gasset, para quem “o Homem é ele e a sua circunstância”, Rui Rio disse ter sentido a responsabilidade de “colocar o interesse público acima de tudo o mais”, levando-o dessa forma a manter a disponibilidade para continuar a “servir o PSD e, por seu intermédio, Portugal”.
Rui Rio explicou ainda que umas das razões da sua recandidatura foi o facto de ter “uma grave fragmentação do partido” caso não avançasse. “A minha não-recandidatura pode levar o partido a uma grave fragmentação de consequências imprevisíveis”.
Para o Presidente do PSD, os cerca de 28% de votos que o partido obteve nas eleições legislativas de outubro “significam que 1,5 milhão de portugueses confiaram no PSD com esta liderança e não com a de quem tudo tem feito para a destruir”.
Relativamente à liderança da bancada parlamentar, Rui Rio foi claro: “Ela deverá estar em consonância com o presidente do partido, entretanto eleito. Nunca farei aos outros o que, na prática, me fizeram a mim. Irei assumir eu próprio a liderança da bancada de molde a que o novo líder parlamentar seja apenas escolhido em definitivo após a realização do próximo congresso nacional”.